História

O nascimento do Bodyboard ou a história do Tom Morey

 

O nascimento do Bodyboard, a história de Tom Morey

“O que têm que perceber” diz Tom Morey, “é que as minhas revelações não me vieram num flash. Não foi Deus que falou. Não foi uma dramatização de televisão na qual Thomas Edison descobre a lâmpada. Levou bastante tempo”.

O conceito embrionário do Bodyboard  começou na Praia de Doheny num dia de verão de 1969.

Como maior parte das invenções, aconteceu por acaso. Morey estava a caminhar pela praia com a sua prancha de surf debaixo do braço quando viu um puto a apanhar uma onda numa prancha feita de vários pedaços de esferovite bastante curtos.

“Ele segurava aqueles pedaços com tubos de PVC, daquele tipo de tubos usado em canalizações; à distância parecia um colchão insuflável” relembra Morey. “Não havia nada daquele tipo na altura. Podia-se comprar uma prancha de esferovite por 3.97 dólares que era shapada por amadores e partia na primeira onda ou podia-se comprar um colchão insuflável que perdia ar e que não dava para manobrar. Este puto tinha algo único. Fui ter com ele e disse-lhe, “Pá, isso é muito boa ideia porque flutua bem mas o shape não funciona.” Aquele jovem surfista na altura não percebeu, mas ele tinha fornecido a inspiração para o nascimento do Bodyboard.

Quando Morey teve este encontro auspicioso na Praia de Doheny, ele não era um estranho na invenção no que diz respeito à inovação no shape de pranchas de surf. Depois de tirar o curso de matemática em 1955, Morey trabalhou na Douglas aircraft, onde teve acesso a muita experimentação com materiais compósitos e plásticos.

Passados uns anos Morey cansado de trabalhar para uma grande companhia despediu-se do seu emprego, pediu 6.000$ emprestados e meteu-se no negócio das pranchas de surf. Ele apareceu com várias inovações, mas apesar de tudo ainda não estava satisfeito. Então em 1971 Morey deixou a indústria do surf e mudou-se para o Hawaii para perseguir o seu sonho de vida: tocar bateria de jazz.
Pouco depois de chegar a Honolulu, Morey começou a brincar com a ideia de fazer uma prancha de surf que fosse a absolutamente mais rápida. Ele desenhou uma prancha de seis pés com um bottom de fibra de vidro e deck de polietileno que se surfava deitado.
“Finalmente materializei esta prancha, e era mesmo como a projectei, mas era fraca”, diz Morey. “Enquanto andava apenas a remar em Waikiki, uma onda de 20 centímetros partiu o nose da prancha. Pensei para mim, ‘ tenho muito que pensar ainda, esta prancha não está a funcionar’”.

      

Um mês mais tarde Morey mudou-se para a Big Island para a cidade de Kailua na rua em frente ao pico Honols. Um dia quente de Julho ele acordou com ondas perfeitas. O único problema é que ele não tinha nenhuma prancha para surfá-las.
Ele sabia que queria fazer qualquer coisa com um pedaço de polietileno de 9 pés, mas não sabia o quê. “peguei numa faca e cortei-o a meio”, diz Morey. “Já não havia retorno nesta altura. Olhei para a espuma de polietileno e depois para o mar e comecei a brincar com um ferro de engomar e uma faca eléctrica descobri que conseguia shapar a espuma usando o ferro se pusesse uma folha de jornal entre a espuma e o ferro. Mais tarde nessa noite, desenhei algumas curvas na espuma com um marcador vermelho e fui para a cama.”
Morey acordou bem cedo no dia 9 de Julho, 1971, cortou e “engomou” o shape que tinha desenhado na espuma. Ele deixou a prancha o mais larga possível e deixou o nose a direito para ter mais força estrutural e para me poder agarrar ao mesmo. “Eu decidi que ia shapar os rails como uma prancha Hot Curl,” conta Morey. “Eram as pranchas dos anos 20 e 30; antes das pranchas terem quilhas. Cortei num angulo de 45º nos rails da minha nova prancha. Pareceram-me muito bem, mas ainda não estava certo de como ia funcionar.”

 

Morey pegou na prancha, correu pela rua fora até ao pico e o Bodyboard nasceu! “Diverti-me tanto!” relembra Morey. “Eu conseguia realmente sentir a onda através da prancha. Era uma experiência totalmente nova. Numa prancha de surf não sentimos as nuances todas da onda; sentimos apenas o que a prancha está a fazer na onda. Mas com a minha nova criação eu conseguia sentir tudo. Eu estava a pensar para mim, “Esta cena é manobrável, é durável, pode ser produzida de forma barata, é leve, é impenetrável… Meu Deus, isto pode ser uma grande descoberta!”

 

Morey estava tão contente que no dia seguinte shapou uma prancha mais pequena e vendeu-a a um vizinho por 10 dólares “Eu tinha que ver se havia vontade de comprar estas pranchas,” relembra Morey. “Depois desta venda eu soube que ia vender por toda a parte.”
Durante este período, Morey converteu-se à Fé Bahai – uma religião que se foca os princípios da fraternidade universal. Os Bahai acreditam que tudo o que é feito ao serviço da humanidade é digno de veneração. Então quando Morey pediu algum dinheiro para financiar uma nova mudança para os Estados Unidos (continente) de modo a mercantilizar a sua prancha, os seus companheiros Bahai ajudaram-no com entusiasmo.

 

“Um amigo Bahai, Jack Spock, emprestou-me 200 dólares,” diz Morey. “Depois outro amigo, do qual já me esqueci do nome, deu-me 100 dólares, alguns dos companheiros tinham uns carros para vender, então consertei -lhes os carros e vendemo-los. Depois de vender os carros, um tipo, Ray Olivaras, dividiu os lucros comigo. Outro tipo, Roger Glick, deixou-me ficar com o dinheiro todo como investimento.” Tudo junto Morey pediu uns 1000 dólares aos amigos Bahai. Ele estava pronto para ir para o continente.

Morey mudou-se para a Califórnia do sul no fim de 1971 e dormiu no chão de um colega de faculdade, Bob Turney, enquanto tentava vender a sua ideia. Uma destas viagens foi para Wilshire Foam em Los Angeles, onde o dono da companhia Ed Colvack estava interessado na ideia. Contudo, Colvack não pagaria mais do que 2% das vendas, não começaria a fabricar a prancha nos próximos dois anos e não deixaria o Tom Morey envolver-se na fábrica porque tinha equipamento que não queria que os competidores vissem. Morey agradeceu pelo interesse e abandonou o projecto. Estava num beco sem saída nesta altura.

“Depois de um mês a viver com o Turney dirigi-me para sul para San Diego,” diz-nos Morey. “Eu já tinha gasto os meus 1000 dólares e estava a começar a preocupar-me. Pensei que a G&S poderia interessar-se pela ideia porque já tinha negociado com eles antes quando shapava pranchas e eles confiavam em mim. Então fui à G&S com a prancha que tinha feito na casa do Turney. Era feita duma espuma e.v.a. chinesa muito leve. Era cor de rosa e eu tinha colado uma folha de contraplacado no bottom.

Depois de ver o Morey a tirar a prancha da mala do seu carro, o vendedor da G&S Bill Yerkes chamou o dono da marca, Larry Smith à parte e disse-lhe que nunca na vida ia conseguir que dessem 13 dólares por aquelas coisas.” mas o Larry resolveu arriscar em Morey e ofereceu-lhe um emprego.“Fizemos um acordo no qual eu ganhava 5% das vendas, uma carrinha para meu uso próprio e 280 dólares por semana,” lembra Morey. “Também me deram um adiantamento de 500 dólares, que foi um aparte pois eu não tinha um cêntimo na altura. Na altura senti que tinha realmente conseguido.”

Por esta altura Morey tinha arranjado um nome para a prancha: A S.N.A.K.E. Machine. S.N.A.K.E. era uma sigla para Side, Navel, Arm, Knee, Elbow – todas as partes do corpo que se usava para surfar com a prancha. “Fiz uns testes com o nome a umas miúdas que trabalhavam na G&S e a reacção delas foi: ‘ detesto cobras (snake)’”- “depois desta reacção achei que o nome não era o indicado. Depois pensei em ‘Boogie’ porque boogie era a cena popular antes do bee-bop. Boogie pareceu-me bem e tinha uma boa sonoridade. Era perfeito.

Enquanto trabalhava na G&S no final de 71 e início de 72, o Tom Morey não conseguia encontrar uma “pele” adequada para a sua prancha. Ele sabia que não podia pedir ao consumidor final o preço que precisaria para ter um bom material a revestir a prancha e ter lucros com as vendas. A prancha não se apresentava polida suficientemente. Então a boogie foi começando a ser posta de parte e o Tom começou a trabalhar noutros projectos na G&S. Estava a começar a parecer que o sonho de Tom Morey nunca chegaria a concretizar-se… Isto até, o inesperado acontecer.

“Pouco antes da minha mudança para o continente no fim de 71, a minha esposa e eu separamo-nos. Eu não queria o divórcio; só queria sair daquela situação. Mas eventualmente ela quis casar com outro e então divorciamo-nos e vendemos o nosso rancho de 6 hectares no Hawaii. Com essa venda consegui 26.500 dólares pela minha metade da propriedade. Despedi-me do emprego na G&S e fui visitar os meus pais na Florida, Investi 5000 dólares na bolsa e perdi-os logo de seguida. O dinheiro foi todo rapidamente e quando voltei à Califórnia em 73, já só tinha o suficiente para a entrada de uma pequena casa em Carlsbad.”

Depois de viver em Carlsbad durante um bocado, Morey decidiu dar à sua Boogie uma nova oportunidade. Voltou à Wilshire Foam e arranjou maneira de entrar na fábrica dizendo que tinha que usar a casa de banho.
Andando pela fábrica, reparou num grande monte de revestimentos empilhados num canto. “A empresa retirava a “pele” de um bloco de espuma e estas sobras eram tipo a crosta de um pão. Um dos engenheiros disse que podia levar uns tantos bocados destas crostas para experimentar com elas uma vez que iam deitá-las fora.”

Na altura que Tom chegou a casa ele sabia que estava no bom caminho para atingir o seu objectivo. “Quando juntei o revestimento ao bloco, a prancha tornou-se lisa ao toque, e quando a coloquei ao sol, a luz passava por ela. Lembro-me de dizer para os meus botões, é isto! Esta é a solução!”

Em vez de tentar vender a sua invenção melhorada a uma loja de surf ou empresa, Morey decidiu que iria meter um anúncio de encomenda pelo correio na surfing magazine. “Eu cobrava 37 dólares porque essa era a minha idade e esse preço iria cobrir as despesas. Bob Mignona, um vendedor de publicidade que agora é editor no grupo Primedia, deixou-me meter o primeiro anúncio a crédito. Ele não sabia o quanto eu precisava desse crédito. Agora era esperar para ver. Finalmente, no primeiro dia que podia possivelmente receber uma resposta, fui até à caixa do correio, caminhei calmamente até ela e olhei lá para dentro. Tinha as coisas do costume- contas e publicidade- mas tinha também um pequeno envelope com um cheque de 37 dólares dentro. Muito bom! Estava a fazer negócio! No próximo dia estavam 5 envelopes na caixa do correio! 5 vezes 37 são 185 dólares num dia!”

 

O sonho de Tom Morey começou a explodir. Ele falou com a UPS para saber qual era o tamanho de prancha que dava para enviar mais facilmente. Descobriu que não podia manda-las por postos de correio de primeira ou segunda classe mas que um de terceira classe em Bonsall, uma cidade 20 quilómetros do sítio onde ele morava dava para enviar encomendas grandes. Apesar dos contratempos, o negócio estava a bombar. Tanto que a saúde do Tom começou a sofrer com isso.

“Após de alguns meses a fazer as minhas pranchas eu estava a ficar completamente de rastos devido aos gases que saíam das colas,” diz Morey. “Eu tinha pranchas lá fora na relva e nos arbustos e as pranchas colavam umas às outras e não as conseguia descolar, o quintal estava cheio de detritos do material e pó do processo de shapagem que ia ter dentro da casa, a minha ex-mulher já estava a ficar chateada e os vizinhos começavam a olhar de lado. Era uma insanidade. Foi aqui que decidi que ia começar a vender kits de montagem e os compradores teriam que montar eles próprios., vendia os kits por 25 dólares e as pranchas pré fabricadas passariam a custar 45 dólares, assim conseguia parar de inalar tantos gases tóxicos. Os kits tinham revestimento, bloco interior, fita autocolante e instruções. A única coisa que o comprador tinha que arranjar era a cola de contacto. Infelizmente, após um ano, estava ainda a vender mais pranchas pré fabricadas do que os kits mesmo a custar 45 dólares, e ainda estava a ficar doente dos gases. Tinha que encontrar alguém competente para me auxiliar.

Kit da Morey Boogie

Em 1975 Tom Morey fez umas férias longas na Costa Rica. Enquanto lá esteve ouvia frequentemente falar de um capitão marítimo Bahai chamado Jim Faivre que tinha um talento para manejar facas. Apesar de nunca se terem encontrado na Costa Rica, Morey descobriu quando voltou para casa em Caslsbad que Faivre tinha-se mudado para uma casa apenas a dois quarteirões. Faivre era um tipo com uma grande caixa toráxica, com tatuagens nos braços, uma pêra no queixo e uma faca gigante sempre no cinto.

“Convidei-o para um chá uma tarde, porque pensei que talvez ele quisesse envolver-se na minha empresa. Levei-o à garagem e ele disse, ‘ deixa-me ver o que a minha faca faz a um destes blocos de espuma.’ Ele cortou-o perfeito como uma máquina. Era melhor do que a minha serra alguma vez tinha feito. Imediatamente pensei que poderia usar aquela faca junto com moldes de madeira para inventar uma “máquina” de shape. Ia-me poupar um monte de tempo. Faivre tinha sido carpinteiro e precisava de dinheiro. Tinha encontrado a solução.

Morey deu a Faivre algumas tarefas e os resultados excederam as expectativas. Após algum tempo o Morey apenas tinha as ideias e Faivre materializava-as. Ele era capaz de fazer os shapes das pranchas a partir de blocos mais pequenos, pregos estrategicamente colocados e facas afiadas.

No final de 1975 Morey decidiu formar uma corporação, e vendeu um terço da quota a Faivre por 10.000 dólares Morey reteve o controlo do resto da empresa. Os dois com alguns colaboradores, estavam a ficar mais rápidos a produzir as pranchas, mas os gases das colas continuavam a ser um grande problema.

 

“Eu estava a falar com um engenheiro da Wilshire Foam,” conta Morey, “falando-lhe do meu problema, quando ele me levou a uma sala onde soldavam duas peças de polietileno com calor. Ele disse que não via razão alguma para que eu não usasse o mesmo sistema nas minhas pranchas; era apenas uma questão de aplicar o calor de forma equilibrada. O Faivre conseguiu arranjar uma maneira de o fazer, e obviamente o polietileno aquecido actua como uma cola. Já não necessitaria de cola! Já não ia ter que inalar gases perigosos! As pranchas eram cola!”

Após esta última e bastante dificil barreira foi ultrapassada, a empresa disparou. Em febreiro, 1977, eles mudaram-se do seu pequeno espaço industrial para uma fábrica maior na rua Roosevelt em Carlsbad.

 

Nesta altura a pequena empresa de Morey cresceu para suportar vários trabalhadores em full-time. Jim Faivre estava encarregue da produção com a ajuda de Jim Floyd. Craig Libuse estava encarregue da publicidade da Morey Boogie desde 1973. Rick Lawrence era o encarregado das vendas, e dois adolescentes locais, Bobby Szabad e Rick Broderson, deixaram os seus empregos para trabalhar na linha de produção da Morey. Louise Hoolihan era a secretária da Morey. Patti Serrano chegou à empresa em 1977 para trabalhar nas promoções.

“A maneira como conheci o Bobby foi muito interessante, ele tinha ligado para minha casa para saber porque é que não tinha recebido a prancha que encomendara. Eu rapidamente fiz uma prancha e, uma vez que ele morava perto, guiei até lá. A mãe dele era uma havaiana com bom espírito e ele era um rapaz em condições, foi por isso que ficamos amigos logo ali. Algum tempo depois fui ter com ele quando ele estava a sair da água e perguntei se queria trabalhar para mim. Ele começou a trabalhar na linha de produção imediatamente e eventualmente chegou a um emprego nas vendas. Esta era a típica filosofia e prática na Morey. Ele trazia pessoal que tinha interesse num campo em particular, mas sem treino formal, e ajudava a desenvolver as suas aptências.

“Era um tempo selvagem” conta Libuse, “eu era o único não Bahai no quadro de topo da empresa. Era um grupo religioso muito coeso. Tom era o líder Bahai local; era o moderador das conversas – que era o que eles chamavam aos seus rituais. Os números dos modelos que ele dava às pranchas eram tiradas do calendário Bahai e representavam o ano de construção. O primeiro modelo em 1971 correspondia ao ano 121 Bahai, e este mudava cada ano no primeiro dia da primavera.

 

Após um período de crescimento abrupto, uma falta de fluidez de dinheiro paralisou a empresa no fim de 77 e inícios de 78. “Não conseguíamos pagar o crescimento que a empresa necessitava, a empresa tentaria conseguir um empréstimo bancário mas os avaliadores do banco apenas veriam na empresa um bando de adolescentes cabeludos a trabalhar numa geringonça esquisita e não uma empresa de sucesso. Eles não nos levariam a sério. A empresa tinha encomendas que simplesmente não conseguia atender. Todo o dinheiro seria necessário apenas para cobrir a próxima encomenda. Estávamos a crescer depressa demais. Lembro-me que era sempre uma correria para o banco para verificar os pagamentos, porque se esperássemos era muito provável que os nossos cheques não tivessem cobertura.”

A acrescentar ao problema de dinheiro, a sociedade entre Faivre e Morey estava a começar a enfraquecer. “ Faivre nesta altura controlava metade da empresa, depois de ter pago o terço dele da companhia, decidiu que queria mais controle. Havia um grande espírito de camaradagem e amizade entre nós, e a contribuição dele para a Morey Boogie era imensa. Uma boa parte do nosso sucesso devia-se a ele, um empreendedor dedicado que me ensinou muito, principalmente a fazer as coisas agora em vez de depois. Mas o nosso acordo de negócio não era equitativo. Nós tínhamos algumas ofertas de outras empresas, e a Kransco ofereceu a melhor proposta, nós aceitamo-la. Era tempo de sair.”

A mudança era dura financeira e emocionalmente para Morey. Ele mudou-se de novo para o Hawaii mas ainda tentava ter um papel activo na empresa. “Eu tenho um génio particular, e quando as ideias estão quentes na minha cabeça muitas vezes sou o único a conseguir vê-las,” diz Morey. “Não se consegue convencer um gerente que não tem esta capacidade que uma certa ideia tem que ser feita de uma determinada maneira.”

 

Tom Morey tem arrependimentos? “Bem, se tivesse de fazer tudo de novo provavelmente não entraria para o negócio das boogies. Provavelmente ficaria apenas com o meu talento básico de baterista de jazz. Teria construído uma bateria toda feita em fibra de vidro e diferentes tipos de peles. E quando tocavas a bateria iriam acender diferentes cores. Yeah… Isso teria sido qualquer coisa….”
A voz de Morey avança sempre no caminho dos sonhos auspiciosos – o tipo de sonho que é capaz de afectar as vidas de milhões de pessoas pelo mundo fora.